segunda-feira, 20 de junho de 2011

APROVAÇÃO EM PLEBISCITO NÃO ASSEGURA DIVISÃO DO PARÁ

     Deu na Folha de São Paulo:
     Ainda que população se manifeste pela divisão, palavra final é do Congresso.

     Uma decisão favorável à divisão do Pará no plebiscito que será realizado até novembro deste ano não garante automaticamente o desmembramento do Estado, afirmam constitucionalistas ouvidos pela Folha.

     A decisão é apenas consultiva. Ainda que a maioria da população paraense opte pela criação de Tapajós e Carajás, a divisão tem de ser aprovada também no Congresso.

     A realização do plebiscito foi definida pelo Senado e pela Câmara no fim de maio e no início de junho. Desde então, tem despertado críticas pela impressão equivocada de que um assunto com impacto nacional seria decidido apenas pela população do Pará -que representa 4% de todos os brasileiros.
     “As pessoas estão esquecendo o Congresso e supondo que o futuro do arranjo da Federação está nas mãos da população do Pará. Há quase um terrorismo nesse sentido”, diz Virgílio Afonso da Silva, professor de direito constitucional da USP.
     Apesar de, juridicamente, a decisão do Congresso não ser vinculada ao resultado do plebiscito, Dimitri Dimoulis, constitucionalista da Escola de Direito da FGV, acredita que uma votação expressiva em favor da divisão pode influenciar o parlamento.
     CONGRESSO
     Diferentemente do referendo, quando uma norma já aprovada é submetida à população-como ocorreu na consulta sobre a venda de armas em 2005-, o plebiscito apenas dá o aval para que o Congresso discuta o tema. 

     Se o Pará se manifestar a favor da partição, o Congresso faz um projeto de lei que ainda tem de ser aprovado na Câmara e no Senado.

     O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), diz que a bancada ainda não discutiu a possível divisão, mas que sua “tendência, enquanto líder, é contrária”.

     “Vai mexer no núcleo da Federação, criando representação política, despesas operacionais.” Apesar disso, diz descartar um possível racha interno em função da origem de cada deputado.

     A possibilidade de divisão do partido também é refutada pelo deputado Duarte Nogueira (SP), líder do PSDB na Câmara, que diz considerar a questão “prematura”.

     Por se tratar de uma lei complementar, a divisão exige a aprovação por mais da metade dos congressistas, ou seja, ao menos 41 senadores e 257 deputados. A bancada paraense tem 17 deputados e três senadores. (Do Blog do Zé Dudu, na íntegra)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

REDIRECIONANDO

      Com a proposta inicial de tratar apenas de fatos ligados ao mundo da reportagem policial e, depois de reavaliar tal objetivo, é que o poster decidiu pela abrangência e diversificação das notícias. Bem ecléticas, da forma que sempre trabalhamos.

     E, agora com o compromisso de estarmos mais presentes nas atualizações.

     Na verdade, digamos assim, estávamos numa fase experimental.

     Agora, vamos à luta!

     Cara Feia....

A PIADA DA SEMANA



      


     Deu na Coluna Coisas da Política, do jornalista João Carlos, Jornal Opinião, edição 2051 desta semana: “Prêmio – O prefeito Maurino Magalhães estará em Brasília hoje (14) – isso foi na terça-feira - para receber mais um prêmio. Desta vez, a comenda será outorgada pelo Congresso Nacional. Segundo Maurino, ele recebe o prêmio porque Marabá está na seleta lista dos 100 municípios mais organizados do País”.

     É para refletir:

     Ou os congressitas piraram de vez, ou não conhecem a verdadeira realidade de Marabá. Melhor: será que muitos deles sabem pelo menos onde fica Marabá?

    Que organização temos por aqui?

     Será no setor de Saúde, onde no Hospital Municipal o caos é total? Na área de Educação? Quem sabe no “almoço” na escola? No trânsito, que a cada dia que passa fica mais estressante? No verdadeiro lixão que se tornou as ruas da cidade, principalmente nas periferias? Organização nas avenidas e vielas esburacadas? Mas pode ser também na Orla, onde mesas e cadeiras dos bares que ali funcionam, ocupam a avenida sem quase deixar espaços para o tráfego
normal de veículos e pedestres?

    Vamos ver:

    Organização no transporte público? Com ônibus sucateados e oferecendo risco aos passageiros? Mas pode ser no transporte alternativo, com mototaxistas clandestinos tomando o lugar, e o pão de cada dia, dos devidamente
cadastrados? Ou nos táxis lotação (invenção do Maurino), que para conseguir passageiros não respeitam sinais de trânsito, sinalizações, pontos de parada e nem um mínimo de ética profissional?

     É! Realmente é para refletir...

     Com cidade tão organizada assim, o MST tem mesmo é que bagunçar um pouquinho.

     Para fugir do trivial. As coisas muito “certinhas” acabam perdendo a graça.





     

quarta-feira, 15 de junho de 2011

TRÉGUA

     Durou cerca de dez horas a interdição da Transamazônica, em Marabá, manifestação motivada pela morte da sem-terra Francisca de Araújo Santos, 50 anos.

     A rodovia foi liberada por volta do meio dia de hoje, depois de um sem número de transtornos para quem precisava se deslocar de um núcleo para o outro. Mas a trégua pode ser apenas temporária. 

     Os sem-terra ameaçam novo bloqueio para qualquer momento. “Vamos fazer uma avaliação do movimento”, disse um líder do acampamento.

     Francisca morava em Canaã dos Carajás mas deve ser enterrada em Parauapebas. Enterro está marcado para amanhã, quinta-feira. 

MARABÁ VIROU PRAÇA DE GUERRA

Patrulheiros da PRF tentam dialogar com manifestantes, sem sucesso
Fotos: Laércio Ribeiro 

Sem-terra fazem bloqueio humano em protesto pela morte da companheira
Foto: Laércio Ribeiro
     
     Por conta do atropelamento seguido de morte da camponesa Francisca de Araújo Santos, 50 anos, a rodovia Transamazônica está interditada desde às 23h30 desta terça-feira (14). A mulher estava atravessando a rodovia pela faixa de pedestre, com destino ao bairro do Amapá, quando foi colhida violentamente por um Ford Kia, cujo motorista, não identificado, estaria trafegando em alta velocidade e não respeitou a faixa preferencial.

     Ele nem parou para socorrer a vítima, segundo testemunhou Francisco de Assis Solidade, coordenador regional da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri).

     Revoltados com o episódio, dezenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que estão acampabados na Agrópolis do Incra há quase um mês, decidiram ocupar a rodovia. 
     
     O trecho interditado compreende uma área nobre onde estão situados órgãos federais como o INSS, Justiça Federal,o próprio Incra, e estaduais como Fórum, Ministério Público e Hemopa; e ainda a Secretaria Municipal de Saúde, e Câmara Municipal.
     
     No local o clima é de tensão. Ninguém passa nem pra lá e nem pra cá. Agindo com truculência, como sempre, armados de porretes que fazem a vez de cassetetes, o sem-terra ameaçam quem tenta furar o bloqueio. Pela parte da manhã, um policial militar chegou a fazer disparos para o alto. Mas quase apanha de uma sem-terra enfurecida.


     O direito de ir e vir do cidadão marabaense está tolhido, mais uma vez.