quarta-feira, 25 de novembro de 2015

DRENAGEM ACABA COM ALAGAMENTOS PELAS RUAS DE MARABÁ

     A chuva que caiu na cidade nesta terça-feira, 24, com duração de cinco horas, serviu como teste para as obras de drenagem que estão sendo feitas pela Prefeitura de Marabá. 

     E o resultado foi positivo, segundo moradores de ruas e avenidas que já foram drenadas e pavimentadas.

     Uma das vias em que os moradores sofreram por longos anos, cada vez que chovia forte, era a Avenida Boa Esperança, no Bairro Laranjeiras. 

     Porém, agora, depois que ali aconteceram obras de drenagem, o problema foi eliminado, conforme atesta o morador Crispim José dos Santos, de 86 anos, que vive há 41 anos naquela via. 

     “Agora está um serviço de homem, porque, depois que a
prefeitura fez drenagem, a água vai embora. Antes ficava uma lagoa e ninguém conseguia atravessar a rua”, lembra o aposentado, ressaltando que os donos de estabelecimentos comerciais sofriam com a água entrando em seus comércios e causando prejuízo financeiro.

     Quem também estava comemorando por não ter ocorrido alagamentos na Feira das Laranjeiras era Vera Lúcia Santos de Almeida, que faz parte da administração daquele mercado. 

     “Antes, quando chovia, os carros não conseguiam passar aqui na Boa Esperança e as motos desciam levadas pela água. Era um desespero”, recorda, acrescentando que, nesta terça-feira, pela primeira vez não ocorreu esse problema no local.

     Uma parte da Boa Esperança, porém, sofreu de alagamento, o trecho que fica no Bairro Liberdade. Naquele perímetro o problema é crônico, pois, administrações anteriores, apesar de dotarem a via de drenagem, o fizeram com tubos de diâmetro pequeno, que não são conta da vazão das águas.

     Para também livrar esses moradores do incômodo da cheia sempre que chove, a prefeitura está estudando soluções e uma delas é, no futuro, a troca total da drenagem existente ali.

     No Bairro Bom Planalto, Núcleo Cidade Nova, que também recebeu serviços de drenagem, a Avenida Itacaiúnas este ano não enfrentou mais problemas de alagamento. “A colocação dessas manilhas foi ótimo e resolveu de uma vez os nossos problemas, porque antes, quando chovia, a rua virava mar”, comemorou a dona de casa Francisca Ferreira de Souza, 54 anos.

     Morando há sete anos, na Avenida Marabá, no Bairro
Jardim União, Vandi Leite dos Santos, o Macarrão, 40 anos, também recorda que, desde que mudou para aquele bairro, teve dificuldades com os alagamentos. “Várias manifestações foram realizadas aqui, demorou mais veio um asfalto bom, drenagem de boa qualidade e agora acabou a chuva e logo a água seca”, disse.

     A Avenida Marabá, para quem não lembra, foi asfaltada nada menos que três vezes em governos anteriores, mas, sem drenagem, a cada inverno sofria com alagamentos e as águas levavam todo o asfalto, restando lama no inverno e poeira no verão.

   Também foram beneficiados com a drenagem e não enfrentaram alagamentos nesta terça-feira moradores das ruas Manoel Pedro de Oliveira, José Cursino de Azevedo, Miguel Basílio, Alfredo Monção, Cuiabá e José Bandeira, entre outras do Núcleo Cidade Nova.


     Na Nova Marabá e no bairro Independência, entre outros, devido a Operação Inverno, que vem ocorrendo desde o mês de outubro, em vários pontos em que antes havia alagamentos, não houve transtornos. (Alessandra Gonçalves/ASCOM/PMM)

                     Fotos: Dinho Aires

Avenida Itacaiúnas

Avenida Marabá

Avenida Boa Esperança

Francisca Ferreira: "Colocação das manilhas fio ótimo"

Vandi Leite: "Demorou mas chegou um asfalto de qualidade"

COMPRA DE VOTOS - TSE INOCENTA JOÃO SALAME


              DEU NO SITE CONTRAPONTO:

     O prefeito de Marabá, João Salame Neto, pode respirar 

aliviado. 

     Em decisão monocrática, o ministro Henrique Neves da Silva, 
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reformou a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), e inocentou Salame das acusações de compra de votos, que teria ocorrido ainda nas eleições de 2010. 

     Agora, com a decisão do ministro Neves da Silva, deixa de existir qualquer empecilho à re-candidatura de Salame ao cargo de prefeito nas eleições do ano que vem.

     Salame chegou a ser afastado do cargo de prefeito de Marabá em 2013, uma vez que de acordo com a interpretação da juíza Ezilda Pastana e da maioria do TRE-PA, a condenação geraria inelegibilidade e perda do mandato de prefeito conquistado em 2012.

     Na época, uma liminar foi concedida pelo TSE e Salame foi reintegrado ao cargo poucos dias após o afastamento.

     A decisão deverá ser publicada amanhã no Diário Oficial, mas já está disponível no site do TSE.

     Assim, para preocupação dos seus opositores, João Salame ao que tudo indica virá com força total para concorrer á reeleição em Marabá.


Prefeito Salame está apto a concorrer a reeleição à Prefeitura de Marabá 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

REAJUSTES MOBILIZAM CONSUMIDORES CONTRA A CELPA

Deu no Opinião, edição 2661 desta terça:

Constante aumento nas contas de energia levou um grupo de pessoas a pensar numa manifestação pacífica

              NILSON SANTOS

     Indignação. 

     Esta é a palavra unânime na boca de quem está 
aderindo ao movimento popular que nasceu para bater de frente contra a Centrais Elétricas do Pará (Celpa), concessionária de energia que abastece todo o Estado. 

     Uma listagem já está percorrendo os principais bairros de Marabá visando colher o maior número de assinaturas em um abaixo assinado, cujo objetivo é chamar a atenção das autoridades constituídas para os constantes aumentos abusivos impostos pela empresa nas contas de energia. 

     O que vem solapando o já minguado salário do trabalhador.

     O movimento não tem cunho político. 

     É o que faz questão de colocar a dona de casa Eliana Carvalho, moradora do bairro Laranjeiras e que teve a iniciativa do abaixo assinado. 

     Ela foi impulsionada pelo simples fato da conta da residência dela ter pulado de pouco mais R$ 300,00 para quase oitocentos reais. 

     “Nosso consumo é o mesmo, não aumentou em nada e a conta veio esse absurdo. Meu marido quase teve um infarto”, conta a mulher, exibindo a conta de luz.

     Foi a partir daí que Eliana teve a ideia do abaixo assinado,
iniciativa prontamente abraçada pela vizinhança. 

     Na rua 31 de Março, por onde começou a coleta das assinaturas, a reclamação é unânime. 

     Não há um só morador que não esteja sentindo no bolso o peso do reajuste que, na opinião de todos, está sendo abusivo.

     “Eu pagava em torno de R$ 180, agora veio R$ 500. Vou 
trabalhar só para pagar energia?”, questiona o autônomo José de Toledo Farias, também exibindo o talão deste mês.

     A meta de Eliana e das outras pessoas que abraçaram a causa, é colher o maior número possível de assinaturas e encaminhar um documento ao Ministério Público Estadual (MPE), à Câmara de Vereadores e à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). 

     “Queremos chamar a atenção das autoridades para que deem um jeito de rever essa situação. Não é aceitável que em um estado gerador de energia como o nosso, tenhamos que pagar uma conta tão cara como estamos pagando”, reclama a dona de casa.

     Quem assina a listagem, conta um pouco de seu drama.
Assunção Gomes do Nascimento, do Bairro Bela Vista, disse ter ficado “assustado” quando viu a conta do mês; a cobradora Cilene, que trabalha em uma empresa de ônibus, afirma que tem apenas uma geladeira, uma televisão e um ventilador. A conta dela pulou de R$ 70,00 para quase R$ 200,00. “E quase não uso a TV nem o ventilador, porque passo o dia fora de casa. Quando chego do trabalho cansada, já é para dormir e só ligo o ventilador”, reclama.

     E por aí vai. 

     Amaro Ferreira, que pagava uma média de R$ 238,00,
agora vai ter que desembolsar R$ 546,00. “Onde é que vamos parar desse jeito? Vamos trabalhar só para pagar energia?”, questiona ele, que mora no bairro Laranjeiras.

     Apoio – O movimento já tomou corpo e vem recebendo apoio de comerciantes e pequenos empresários, que também se sentem prejudicados com os constantes reajustes na conta de energia. Muitos estão bancando o papel para a coleta de assinaturas, e até mesmo carro de som para divulgar a ação de protesto.     

     Até o presente momento, segundo avaliação de Eliana Carvalho, já foram colhidas cerca de três mil assinaturas. “Com cinco mil (assinaturas) vamos dar entrada com um documento no Ministério Público”, disse.



         Impostos ajudam a “engordar” a conta

     Quando o consumidor recebe o talão de luz, no geral ele 
olha logo o valor total da conta, que vem sempre em “negrito”, que é para ser melhor visualizado . 

     Ultimamente, olhar para essa parte do boleto é sinônimo de “tomar um susto”.

     Mas, ao verificar detalhadamente os valores se percebe que são os impostos os verdadeiros vilões que alteram a conta de luz. 

     Só para exemplificar, uma conta que totalizou R$ 500,93, de um dos reclamantes, o consumo da energia propriamente dita contabilizou apenas R$ 293,69. 

     O restante é tudo imposto, com destaque para o de Circulação de Mercadorias, que é o ICMS, cujo valor foi R$ 112,25.


     Aí vem a Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social (Cofins), um tributo federal que tem como objetivo financiar a Seguridade Social, em suas áreas fundamentais, incluindo entre elas a Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde Pública; Programa de Integração Social (PIS), uma contribuição tributária de caráter social que tem como objetivo financiar o pagamento do seguro-desemprego, abono e participação na receita dos órgãos e entidades, tanto para os trabalhadores de empresas públicas, quanto privadas. 

     Entre outras tributações, incluindo a iluminação pública, que também não sai nada barato. (N.S.)